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https://hdl.handle.net/1822/82586
Título: | Projeto e desenvolvimento de equipamento para ensaio à fadiga em biomateriais |
Autor(es): | Silva, Pedro Manuel Oliveira da |
Orientador(es): | Dourado, N. |
Palavras-chave: | Biomateriais Controlo de força e deslocamento Equipamento de teste Modo misto Fadiga Biomaterials Control of strength and displacement Test equipment Mixed mode Fatigue |
Data: | 10-Jan-2020 |
Resumo(s): | Neste trabalho desenvolveu-se um projeto para equipamento de ensaios à fadiga no modo I (DCB),
modo II (ENF) e modo misto (MMB), em provetes de biomateriais. O referido equipamento terá
também a capacidade de resistir à corrosão provocada pelos fluídos empregues no ensaio. Embora
com diferentes objectivos, revela-se uma solução alternativa e inovadora face aos equipamentos
existentes.
A iniciação e a propagação do dano em muitos materiais utilizados no fabrico de componentes
estruturais, bem como em alguns materiais de base biológica, caracteriza-se pela formação de uma
zona de processo de fratura, de dimensões não negligenciáveis, que se desenvolve na frente de
fenda (1). Esta região, que é caracterizada pela formação de micro - fendas, e, em alguns destes
materiais, pela formação de pontes de fibras (aglomerados), impede a propagação instável da fenda
(2), traduzindo-se no aumento da resistência à propagação da fenda, i.e., aumento da tenacidade à
fratura. Esta propriedade, que é avaliada em ensaios de fratura em condições de carregamento
específicas, requer que a zona de processo de fratura se mantenha imperturbável em condições de
carregamento e decorrentes dos limites do provete (3). Em ensaios de caracterização à fadiga de
alguns destes materiais (designados quase-frágeis), como por exemplo a madeira, o tecido ósseo
cortical, muitos dos materiais compósitos de matriz polimérica reforçados com fibras (carbono,
vidro, Kevlar®), rocha e betão, a zona de processo de fratura é impedida de se propagar caso o
ensaio decorra em controlo de deslocamento (i.e., com deslocamento imposto). Nessas condições,
os provetes adquirem uma vida infinita, impossibilitando a caracterização rigorosa dos coeficientes
da lei de Paris (i.e., relação entre o fator de intensidade de tensão e a taxa de crescimento da fenda)
(4). Por este motivo, os equipamentos usados na caracterização à fadiga destes materiais terão de
permitir a realização dos ensaios em controlo de força.
Outro requisito importante na caracterização à fadiga de alguns materiais de base biológica (e.g.,
madeira, tecido ósseo cortical e esponjoso), prende-se com o controlo da concentração de água na
amostra, no decurso dos ensaios de fadiga. Este aspeto adquire especial importância no contexto da
fadiga, atendendo a que estes ensaios se prolongam no tempo. Dado que a resposta destes
materiais resulta de um compromisso entre as condições de equilíbrio da amostra e o estado de
tensão a que estão sujeitos, torna-se imprescindível garantir a manutenção das condições
ambientais, designadamente da temperatura e da humidade, ao longo do ensaio. In this work, a project will be developed for fatigue testing equipment in Mode I (DCB), Mode II (ENF) and mixed mode (MMB), in biomaterial specimens. It will also have the ability to resist corrosion caused by the fluids used in the test. Although with different objectives, an alternative and innovative solution to existing equipment is revealed. The initiation and propagation of damage in many materials used in the fabrication of structural components, as well as in some biologically based materials, is characterized by the formation of a non-negligible fracture zone, which develops in front of slit [1]. This region, which is characterized by the formation of micro-cracks, and in some of these materials, by the formation of fiber bridges (agglomerates), prevents the unstable propagation of the crack [2], resulting in increased resistance to the propagation of crack, ie, fracture toughness increase. This property, which is evaluated in fracture tests under specific loading conditions, requires that the fracture zone remain undisturbed under loading conditions and due to the limits of the specimen [3]. In fatigue characterization tests of some of these materials (called quasi-fragile), such as wood, cortical bone tissue, many fiber reinforced polymer composites (carbon, glass, Kevlar®), rock and concrete, the fracture process zone is prevented from propagating if the test is in displacement control (ie, displacement imposed). Under these conditions, the test pieces acquire an infinite life, making it impossible to rigorously characterize the coefficients of the Paris law (i.e., relationship between the stress intensity factor and the crack growth rate) [4]. For this reason, the equipment used in the fatigue characterization of these materials will have to allow the tests in force control. Another important requirement in the fatigue characterization of some biologically based materials (e.g., wood, cortical and spongy bone tissue) relates to controlling the concentration of water in the sample during the fatigue tests. This aspect acquires special importance in the context of fatigue, given that these tests extend over time. Taking into account that the response of these materials results from a compromise between the equilibrium conditions of the sample and the state of stress to which they are subjected, it is essential to ensure that the environmental conditions, namely temperature and humidity, are maintained throughout the test. |
Tipo: | Dissertação de mestrado |
Descrição: | Dissertação de mestrado em Engenharia do Produto |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/82586 |
Acesso: | Acesso aberto |
Aparece nas coleções: | BUM - Dissertações de Mestrado DEP - Dissertações de Mestrado |
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