Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/89119

TítuloCaraterização do perfil linguístico de crianças em modalidade de acolhimento residencial na Região Norte
Autor(es)Miranda, Sandra Isabel Costa
Cruz-Santos, Anabela
Palavras-chaveAcolhimento residencial
Alunos em risco
Dificuldades de linguagem
Avaliação
DataJan-2024
EditoraEventQualia
Resumo(s)O progresso adequado da linguagem oral na infância é reconhecido como sendo elementar para que a criança desenvolva habilidades aos níveis da leitura e da escrita bem como da socialização (Sheridan & Gjems, 2017). Estas condições são requisitos para que possa obter um desempenho escolar satisfatório (França, Wolff, Moojen, & Rotta, 2004). Porém, sabemos que nem todas as crianças se encontram inseridas em ambientes que reúnem as condições necessárias ao seu bom desenvolvimento global e, em específico, linguístico. Um meio ambiental pobre, ou pouco estimulante na comunicação interativa e personalizada, influenciará negativamente no desenvolvimento (Sim-Sim, 1998). A literatura elenca que as dificuldades no desenvolvimento da linguagem podem interferir nos aspetos sociais e escolares da criança (Hage, Joaquim, Carvalho, Padovani, & Guerreiro, 2004). Assim, podemos asseverar que uma criança com baixas competências linguísticas está mais predisposta ao insucesso escolar do que os seus pares (Charlot, 2000). Nesse sentido, foi realizado um estudo exploratório na Região Norte que consistiu em caraterizar o perfil linguístico das crianças do ensino pré-escolar e escolar em situação de risco educacional, através da aplicação da Grelha de Observação da Linguagem (GOL-E, 2ª Edição), de Sua-Kay e Santos (2014). Este estudo, de natureza quantitativa, foi realizado em quatro instituições sociais com modalidade de acolhimento residencial, tendo sido avaliadas trinta e cinco crianças na faixa etária dos seis aos dozes anos de idade. Os resultados do mesmo permitiram construir uma caracterização do perfil linguístico destes participantes que resumidamente permite o seguinte enquadramento: a) Das trinta e cinco crianças, apenas três se encontram no P50 ou acima deste; b) Doze crianças encontram-se distribuídas pelo P5 e P25; c) Oito crianças encontram-se no P10; d) Das crianças com idades entre os 11 e os 12 anos, apenas uma atingiu o P90 e o P75; e) As restantes, distribuíram-se pelo P10 e P25; f) Uma criança com 12 anos atingiu o P5. Os resultados obtidos são preocupantes. As crianças acolhidas nestas modalidades revelam um desempenho inferior na avaliação da linguagem relativamente aos seus pares de desenvolvimento típico, evidenciando a situação crítica de alunos em idade pré-escolar e escolar com perturbações da linguagem graves sem referenciação nem sinalização no sistema educativo.Esta investigação contribuiu para um fator de alerta para as assimetrias existentes entre as crianças e o que isso significa no seu percurso escolar dado que estas perturbações originam dificuldades na linguagem que poderão interferir de forma significativa no seu percurso/sucesso académico. A falta de identificação e avaliação destes alunos em acolhimento residencial permite-nos analisar a crucial importância da implementação de medidas de suporte à aprendizagem e inclusão, garantindo a educação inclusiva, os direitos e o acesso ao sucesso escolar destes alunos.
TipoArtigo em ata de conferência
URIhttps://hdl.handle.net/1822/89119
ISBN978-989-53545-6-6
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:CIEC - Textos em atas

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