Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/88837

TítuloLabour market institutions and productivity
Outro(s) título(s)Instituições de mercado de trabalho e produtividade
Autor(es)Costa, Hélder Alberto Silva
Orientador(es)Portela, Miguel
Alexandre, Fernando
Palavras-chaveSalário mínimo
Produtividade
Desigualdade
Novas empresas
Colaborações Universidade-Indústria
Minimum wage
Productivity
Inequality
Young firms
University–Industry collaboration
Data31-Jan-2024
Resumo(s)Esta tese estuda vários aspetos da Economia Portuguesa, com a exceção de um capítulo onde a análise é alargada a mais do que um país. Concretamente, esta tese estuda o salário mínimo, desigualdade, produtividade, qualidade do emprego e colaborações entre Universidade-Indústria. No primeiro capítulo, fazemos uma avaliação econométrica do impacto da política nacional de salário mínimo no emprego e lucros das empresas. Os resultados sugerem que os aumentos do salário mínimo reduziram o crescimento do emprego e os lucros das empresas, em particular, para empresas numa situação financeira mais vulnerável. Para além disso, os aumentos do salário mínimo aceleram a saída de empresas da economia, novamente com um efeito mais acentuado para as empresas numa situação financeira mais vulnerável. De acordo com estes resultados, as políticas de salário mínimo podem ter tido um efeito no lado da oferta através do aumento da saída de empresas com baixa rentabilidade e produtividade, e dessa forma, contribuindo para um aumento da produtividade agregada. O segundo capítulo usa héterogeneidade regional da incidência de salário mínimo nas ocupações, mostrando que as políticas de salário mínimo diminuíram significativamente a desigualdade no par região/ocupação, particularmente em pares de regiões/ocupações mais expostos ao salário mínimo. Para além disso, este efeito é mais pronunciado quanto menor a diferença entre o salário mínimo e o mediano. Finalmente, encontramos diferenças de efeitos do salário mínimo na desigualdade entre regiões, havendo um efeito maior nas regiões de menor rendimento. No terceiro capítulo, é avaliado o papel das circunstâncias económicas na alocação eficiente dos recursos e crescimento da produtividade. Concluímos que o impacto da entrada e saída de empresas é mediado pelo nível de concentração do mercado, pela flexibilidade do mercado de trabalho e pela alocação eficiente do crédito. Os resultados mostram que o impacto da entrada de novas empresas na alocação dos recursos depende do nível da flexibilidade do mercado de trabalho, da concentração do mercado e da incidência de empresas numa situação financeira vulnerável. O impacto da entrada e saída de empresas na produtividade é também mediado por estas três medidas de circunstância económica. O quarto capítulo analisa a qualidade e inclusividade do emprego em empresas novas. A qualidade do emprego é mensurada em termos de salários, com uma análise adicional na segurança do emprego. A inclusividade é avaliada através da qualidade do emprego nos grupos desfavorecidos no mercado de trabalho, a saber mulheres e estrangeiros. Os resultados mostram que a qualidade do emprego em empresas novas é similar ao das empresas mais antigas. As diferenças médias de salários observadas são quase totalmente explicadas pelas características dos trabalhadores e pela composição sectorial. Contudo, existem diferenças a nível de inclusividade. A diferença salarial entre homens e mulheres é mais baixa em empresas novas, enquanto o resultado contrário é encontrado para trabalhadores estrangeiros. Em termos da segurança no emprego, empresas novas tendem a oferecer empregos mais seguros. No quinto capítulo, avaliamos o papel das unidades de interface no fomento de relações de I&D conjuntas entre universidades e a indústria. Para o efeito, efetuamos a análise das características das empresas que têm uma interação com as universidades através de unidades de interface, em comparação com empresas que interagem diretamente com as universidades. Os resultados mostram que empresas que interagem através de unidades de interface são mais pequenas, têm menos conhecimento e estão mais próximas geograficamente da universidade. Barreiras culturais e organizacionais são mais significativas entre as empresas que interagem diretamente com universidades, enquanto barreiras de conhecimento de relacionadas com custos são mais relevantes para empresas que interagem através de unidades de interface. A proximidade geográfica tem um papel importante nas ligações entre universidade e indústria, mostrando a importância da existência de universidades de média dimensão para o crescimento regional em zonas tecnologicamente menos avançadas.
This thesis studies several dimensions of the Portuguese labour market and institutions, with one of the essays expanding to a multi-country analysis. Specifically, this thesis is focused on minimum wage policies, inequality, productivity, job quality and University–Industry collaborations. In the first chapter, we provide an econometric evaluation of the impact of minimum wage policies on employment and profitability. Our estimates suggest that minimum wage increases may reduce employment growth and profitability, in particular for financially distressed firms. We also conclude that minimum wage increases may have a positive impact on firms’ exit, again amplified for financially distressed firms. According to these results, minimum wage policies may have a supply side effect by accelerating the exit of low profitability and low productivity firms and, thus, contributing to improve aggregate productivity through a cleansing effect. The second chapter uses the regional heterogeneity of minimum wage incidence within occupations to show that minimum wage policies significantly decreased within-region-occupation inequality, especially in region/occupation pairs that are bound by the minimum wage. Furthermore, this effect, particularly felt in lower wage percentiles, is more pronounced as the minimum-to-median wage gap narrows. Finally, we find significant differences in the effect of minimum wage policies on inequality across regions, with a stronger impact on lower-income regions. In the third chapter, we assess the role of the business context on the efficiency of resource allocation and productivity growth. We show that the impact of entry and exit is mediated by the degree of product market competition, labour market flexibility and credit markets efficiency. Our estimates show that the impact of the entry of new firms on the efficiency of resource allocation depends on labour market flexibility, product market competition and on the incidence of financially distressed firms. The impact of both inflow and outflow of firms on productivity growth is also mediated by our three measures of business context. The fourth chapter analyses the quality and inclusiveness of jobs in young firms compared to older ones. Job quality is assessed mainly in terms of wages, with additional analysis on job security. Inclusiveness refers to the job quality of disadvantaged worker groups on the labour market, such as women and foreigners. We found that differences in job quality between young and older firms are marginal. Unconditional gaps in job quality at young firms can be almost entirely explained by differences in workers’ characteristics as well as industry composition. Significant differences emerge in the inclusiveness of jobs at young firms. The gender wage gap appears to be smaller in young firms, while the share of foreign-born worker is larger. Foreign workers seem to experience a larger negative wage gap in young firms. In terms of job security, young firms tend to offer more stable jobs. In the fifth chapter, we evaluate the role of intermediary organizations in fostering University–Industry joint R&D by examining the characteristics of firms that interact with universities via these organizations vis-à-vis firms that interact directly with the university’s departments. We find that firms interacting via intermediary organizations are smaller, with less knowledge capabilities and geographically closer to the university, than counterparts. Cultural and organizational barriers are more significant among firms interacting directly with the university, whereas cognitive and cost barriers are more relevant among firms interacting via intermediaries. Geographic proximity has a preponderant role in Univeristy–Industry links highlighting the importance of mid-tier universities to regional growth in less technologically advanced regions.
TipoTese de doutoramento
DescriçãoTese de doutoramento em Economics
URIhttps://hdl.handle.net/1822/88837
AcessoAcesso embargado (1 Ano)
Aparece nas coleções:BUM - Teses de Doutoramento
EEG - Teses de Doutoramento

Ficheiros deste registo:
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  Até 2025-01-31
Tese de doutoramento1,55 MBAdobe PDFVer/Abrir

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