Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/88691

TítuloHow to “thrive” when we “survive”?: (mal)adaptative processes of at-risk youth with complex traumatic experiences
Outro(s) título(s)Como “prosperar” quando se “sobrevive”?: processos de (mal)adaptação em jovens em risco com experiências de trauma complexo
Autor(es)Santos, Patrícia Celeste Reis Correia
Orientador(es)Maia, Angela
Pinto, Ricardo J.
Palavras-chaveAdolescents
Complex trauma
Dissociation
PTSD
Resilience
Adolescentes
Dissociação
PSPT
Resiliência
Trauma Complexo
Data12-Jan-2024
Resumo(s)Complex trauma (CT) refers to chronic or repeated traumatic events beginning in childhood or adolescence, and that negatively affect several domains of an individual's functioning. In this dissertation, we aimed to identify some potential explaining mechanisms between CT and (mal)adjustment in Portuguese at-risk youths. In Study 1, we identified profiles of victimization, within a sample of 404 participants, recruited from three at-risk contexts. We found four classes, with only one of these classes being considered “low victimization”. The results from this study, seem to sustain the idea that poly victims may be at particular risk for complex problems, i.e., maladjustment. Considering these findings, in Study 2 we tested a model with risk factors, using PTSD and dissociation as mediators in the relationship between CT and adjustment problems. The results suggest that among poly-victims, PTSD and dissociation may be mediators of the CT-(mal)adjustment relationship. These results point out the need for careful assessment of trauma-related psychopathology and targeted interventions when working with poly-victims. Then, our Studies 3 and 4 aimed to explore potential protective factors that may help to explain how these youths “survive”! Study 3 explored the roles of active coping strategies and perceived social support in the CT-(mal)adjustment relationship. Our results suggest that seeking social support acts as a mediator between victimization and adjustment problems, but only when perceived social support is not considered. Moreover, for youths with lower victimization levels, medium or high levels of perceived social support exert a buffer effect against adjustment problems. These findings highlight the importance of creating supportive contexts before life’s adversities reach a point where they exceed youths’ capacities to cope. Finally, in our Study 4, using an LCA, we identified profiles of (mal)adjustment using indicators of adaptation, risk, and protective factors. Four classes were found, and most of the sample presented a better-than-expected adjustment. Overall, looking at these studies, we can argue that, despite the level of adversity experienced, these youths seemed to have found a way to adapt to life’s circumstances. However, this doesn’t mean that they are not suffering. Trauma-informed institutions need to develop and implement trauma-informed practices, and develop responsive environments to serve traumatized youth needs, so they can become healthier adults.
O trauma complexo (TC) refere-se a acontecimentos traumáticos crónicos ou repetidos, com início na infância ou adolescência, e que afeta negativamente vários domínios do funcionamento de um indivíduo. Nesta dissertação, pretendemos identificar alguns mecanismos explicativos da relação entre o TC e o (des)ajustamento. No Estudo 1, identificamos perfis de vitimização, com uma amostra de 404 participantes, recrutados em três contextos de risco. Encontramos quatro classes, sendo que apenas uma delas foi considerada “baixa vitimização”. Os resultados deste estudo parecem demonstrar que polivítimas estão particularmente em risco de desenvolver problemas complexos, i.e., desajustamento. No Estudo 2 testamos um modelo com fatores de risco, utilizando sintomas de perturbação de stress pós-traumáico (PSPT) e de dissociação como mediadores na relação entre TC e problemas de ajustamento. Os resultados sugerem que em jovens polivítimas, o PSPT e a dissociação podem ser mediadores da relação TC-(des)ajuste. Estes resultados salientam a necessidade de uma avaliação minuciosa da psicopatologia relacionada com o trauma, bem como de intervenções direcionadas, quando se trabalha com polivítimas. Os Estudos 3 e 4 tiveram como objetivo explorar potenciais fatores de proteção. O Estudo 3 explorou o papel das estratégias ativas de coping e do suporte social percebido na relação TC-(des)ajustamento. Os resultados sugerem que a procura de apoio social atua como mediador entre a vitimização e os problemas de ajustamento, mas apenas quando o suporte social não é considerado no modelo. No entanto, para os jovens com níveis mais baixos de vitimização, níveis médios ou elevados de suporte social percebido parecem exercer um efeito amortecedor contra os problemas de ajustamento. Estes resultados alertam para a importância de se criarem contextos de suporte adequados, antes que as adversidades vivenciadas pelos jovens esgotem os recursos internos que estes têm para lidar com as mesmas. No nosso Estudo 4, identificamos perfis de (des)ajustamento utilizando indicadores de adaptação, e fatores de risco e de proteção. Foram encontradas quatro classes, e a maior parte da amostra apresentou um ajuste melhor-que-o-esperado. Globalmente, olhando para estes estudos, podemos argumentar que, apesar do nível de adversidade vivido, estes jovens parecem ter encontrado uma forma de se adaptarem às circunstâncias da vida. No entanto, isso não significa que não estejam em sofrimento. As instituições precisam de desenvolver e implementar práticas informadas sobre o trauma e desenvolver ambientes responsivos para servir as necessidades de jovens com história de polivitimação, para que estes possam tornar-se adultos mais saudáveis.
TipoTese de doutoramento
DescriçãoTese de doutoramento em Applied Psychology
URIhttps://hdl.handle.net/1822/88691
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Teses de Doutoramento
CIPsi - Teses de Doutoramento

Ficheiros deste registo:
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Patricia Celeste Reis Correia Santos.pdf
  Até 2026-01-12
Tese de doutoramento3,17 MBAdobe PDFVer/Abrir

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