Utilize este identificador para referenciar este registo:
https://hdl.handle.net/1822/72184
Título: | Geografia, transição para a sustentabilidade e culturas de mobilidade |
Autor(es): | Castro, Tiago Oliveira de |
Orientador(es): | Azevedo, Ana Francisca de |
Palavras-chave: | Cultura Estudos de transição para a sustentabilidade Geografia Mobilidade Culture Studies of transition for sustainability Geography Mobility |
Data: | 2020 |
Resumo(s): | A pesquisa sobre transições, após um processo de evolução, que contou com a identificação das suas principais lacunas, tornou-se numa área de pesquisa autónoma fundamental, inter e transdisciplinar. Ao longo de décadas, corpos teóricos como a Perspetiva Multinível, os Sistemas de Inovação Tecnológica, a Gestão de Transição e a Gestão Estratégica de Nicho foram desenvolvidos para integrar esta área de estudo.
Com a emergência da ciência da sustentabilidade, desvendou-se a necessidade profunda de aproximar a ciência das pessoas, de colocar a sustentabilidade como temática basilar na pesquisa científica, de aplicar os corpos teóricos desenvolvidos ao serviço deste objetivo e de integrar práticas políticas e de governança na gestão das transições - para a sustentabilidade.
A mudança de paradigma que converte as pesquisas sobre transições em Estudos de Transição para a Sustentabilidade permite uma maior incidência no conceito de espaço (que as pesquisas sobre transições clássicas vinham negligenciando) e uma visão diferente da ciência geográfica (que, até aqui, se via como ciência estática). A integração do spatial turn e a crescente consciencialização da Geografia para questões de sustentabilidade foram contributos indispensáveis à transformação da pesquisa sobre transições.
Assim, deixam de se analisar apenas as macro-políticas oficiais próprias da pesquisa sobre transições, para dar lugar a mesopolíticas institucionais, que direcionam a lente para o indivíduo e o seu quotidiano (análise sustentada pela Teoria da Prática), relacionando-o com instituições sociais e infraestruturas materiais. Em todo este processo, o papel das Ciências Sociais e do paradigma das novas mobilidades é crucial.
A automobilidade, enquanto instituição sociotécnica central, moldada pela cultura vigente e a car culture, como cultura hegemónica, potencia o reconhecimento da dinâmica espacial gerada por esta forma de deslocação, a reflexão em torno dos sentimentos e emoções que justificam a sua escolha e a apresentação de culturas alternativas de mobilidade e nichos socioespaciais e socioculturais de sustentabilidade.
A presente dissertação reflete uma aproximação entre a Geografia e os Estudos de Transição para a Sustentabilidade, com o objetivo de compreender, sustentar e incentivar o papel da ciência geográfica na sua formação e desenvolvimento. The research on transitions, after an evolution process, which counted on the identification of its main gaps, became an autonomous fundamental, inter and transdisciplinary research area. Over decades, theoretical bodies such as the Multilevel Perspective, Technological Innovation Systems, the Transition Management and the Niche Strategic Management were developed to take part in this studies field. With the science of sustainability emergence, were unraveled the profound needs to bring science closer to people, to set sustainability as a key theme in scientific research, to put the developed theoretical bodies at the service of this goal and to integrate political and governance practices in transitions management - for sustainability. The change of paradigm that converts research on transitions into studies of transition to sustainability allows a greater focus on the concept of space (that research on classical transitions had been neglecting) and a different view of geographic science (which, until this point, was seen as a static science). The integration of the spatial turn and Geography’s growing awareness for sustainability issues were needful contributions to the transformation of research on transitions. Thus, one no longer analyzes just the official macro-policies of research on transitions, but also the institutional mesopolitics that direct the lens towards the individual and his everyday life (analysis supported by the Practice Theory), relating them to social institutions and material infrastructures. In this whole process, the role of Social Sciences and the new mobility paradigm is crucial. Automobility, as a central socio-technical institution, shaped by the current culture, and car culture, as the hegemonic culture, allows the recognition of the spatial dynamics generated by this form of movement, the reflection around the feelings and emotions that justify choosing it and the presentation of alternative mobility cultures and socio-spatial and socio-cultural niches of sustainability. This dissertation reflects an approximation between Geography and Studies of Transition for Sustainability, with the goal of understanding, sustaining and encouraging the role of geographic science in its formation and development. |
Tipo: | Dissertação de mestrado |
Descrição: | Dissertação de mestrado em Geografia (área de especialização em Planeamento e Gestão do Território) |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/72184 |
Acesso: | Acesso aberto |
Aparece nas coleções: | BUM - Dissertações de Mestrado CECS - Dissertações de mestrado / Master dissertations GEO - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Dissertação Tiago Oliveira de Castro.pdf | 1,1 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons