Mind wandering and musical creativity: Behavioral correlates in expert jazz improvisation

Abstract

Mind wandering is a prevalent mental phenomenon characterized by a shift in the contents of thought away from an ongoing task towards self-generated thoughts. While previous studies have suggested a positive relationship between mind wandering and creativity, empirical evidence still lacks in replication, but also scope. Jazz improvisation provides an ecologically valid framework for the study of such relationship. Aiming to explore if mind wandering enhances musical creativity, we hypothesized that instances of self-reported mind wandering during a musical improvisation task would be associated with higher levels of musical creativity, compared to self-reported on-task attention. Nine experienced musicians performed musical improvisation and musical reproduction tasks with randomly occurring though probes and with concurrent eye-blink recording. Results showed that improvisations with unintentional mind wandering attained significantly higher musical creativity scores than improvisations where attention was reported to be mainly on-task. Still, instances of mind wandering didn't significantly impact the overall improvisational quality. Results also showed that highly creative improvisations registered significantly more eye-blinks than non-creative improvisations. Overall, these data suggest that the positive relationship between mind wandering and creativity also extends to artistic performance domains.

Mind wandering é um fenómeno mental omnipresente no quotidiano, caracterizando-se por uma mudança no conteúdo do pensamento que o afasta de uma tarefa presente a favor de pensamentos auto-gerados. Embora estudos anteriores tenham sugerido uma relação positiva entre mind wandering e criatividade, esta linha de investigação ainda carece de mais estudos empíricos. A improvisação jazz fornece um contexto ecologicamente válido para o estudo desta relação. Com o objetivo de explorar se mind wandering aumenta a criatividade musical, formulamos a hipótese de que ocorrências de mind wandering durante uma tarefa de improvisação musical estariam associadas a níveis mais elevados de criatividade musical, em comparação com atenção focada na tarefa. Nove músicos experientes executaram tarefas de improvisação musical e reprodução musical com interrupções aleatórias por meio de thought probes, sendo simultaneamente registados movimentos de piscar de olhos. Os resultados mostraram que as improvisações com mind wandering não intencional alcançaram pontuações de criatividade musical significativamente mais altas do que as improvisações com atenção focada na tarefa. Ainda assim, ocorrências de mind wandering não afetaram significativamente a qualidade geral das improvisações. Os resultados mostraram também que as improvisações mais criativas registaram um número de piscar de olhos significativamente mais alto do que as improvisações menos criativas. Globalmente, estes dados sugerem que a relação positiva entre mind wandering e criatividade também se estende aos domínios da performance artística.