Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/59542

TítuloDe Cardoso a Houaiss: o léxico das cores: aspetos cognitivos, semânticos e lexicográficos
Autor(es)Vilas Boas, Marlene Sofia Miranda
Orientador(es)Iriarte Sanromán, Álvaro
Benarroch, Myriam
Palavras-chaveLexicografia
Dicionários
Cores
Semântica cognitiva
Teoria das cores
Lexicography
Dictionaries
Colours
Cognitive semantics
Colour theory
Lexicographie
Dictionnaires
Couleurs
Sémantique cognitive
Théorie des couleurs
Data2016
Resumo(s)O léxico, como parte da herança cultural de um povo, pode ser classificado em vários subconjuntos, dentre os quais podemos destacar o das cores. Analisar o léxico cromático português é descrever, para além de um sistema que funciona sobre uma base limitada de termos diretos ou livres relacionados com as cores (e.g. vermelho), uma multitude de denominações de cores indiretas ou complexas (e.g. vermelho-cereja; vermelho-escuro, etc.), isto é, significados secundários adquiridos que resultam de analogias, metáforas, metonímias, entre outros. O que propomos neste trabalho, através da análise de dicionários (de Cardoso a Houaiss), é estudar a cor do ponto de vista linguístico, analisando alguns dos aspetos cognitivos, semânticos e lexicográficos dos termos cromáticos. Situando a área de estudo entre a Lexicografia, Lexicologia e a Semântica Cognitiva, procuramos demonstrar a sua importância na criação destes termos, apontando para aspetos universais, em relação à experiência humana, mas também para restrições culturais, em que as línguas estabelecem, e.g., diferentes classificações dentro dos campos cromáticos, como no caso do português, que apresenta uma divisão interna, no campo do *vermelho*, entre cor livre (não determinada no seu uso por uma ligação a um objeto - vermelho/encarnado) e cor contextual (termos cromáticos que ganham novos valores quando associados a um conceito - ruivo; corado). Partindo deste campo cromático, que serviu de exemplo de análise para os restantes inicialmente escolhidos, foram analisados, em primeiro lugar, os artigos dos termos cromáticos simples, as suas definições, exemplos e subentradas formadas por combinações livres ou combinações mais ou menos fixas, permitindo, por sua vez, a análise da evolução semântica: de termos genéricos a significados secundários, figurados ou simbólicos. Em segundo lugar, foram analisadas a formação e disposição das cores complexas nos dicionários e, ainda, obtidos dados quantitativos das cores livres e cores contextuais, bem como analisada a capacidade produtiva da língua na criação de derivados, contribuindo, assim, para a compreensão do tratamento dos termos cromáticos nas obras lexicográficas portuguesas, de forma a serem aperfeiçoadas no futuro, quer em papel, quer online, monolingues ou bilingues.
The lexicon as part of the cultural heritage of a people can be classified into various subsets, among which we can highlight the colours. To analyse the Portuguese chromatic lexicon is to describe, in addition to a system that works on a limited basis of direct or free colour terms (e.g. vermelho), a multitude of indirect or complex colour terms (e.g. vermelho-cereja; vermelho-escuro; etc.), i.e., acquired secondary meanings, resulting from analogies, metaphors, metonymies, etc. In this work, we propose to study colours from the linguistic point of view based on dictionary analysis (from Cardoso to Houaiss), by analysing some of the cognitive, semantic and lexicographic aspects of chromatic terms. Situating the study area between the fields of Lexicography, Lexicology and Cognitive Semantics, we try to demonstrate their importance in creating these terms, pointing to universal aspects in relation to human experience, but also to cultural constraints that lead languages to establish, e.g., different classifications within the colour fields, as in the case of the Portuguese that establishes an internal division in the field of *vermelho* between free colour (it is not determined in its use by a connection to an object- vermelho/encarnado) and contextual colour (chromatic terms that gain new values when associated with a concept – ruivo; corado). Taking the aforementioned chromatic field as an example for others fields initially chosen, firstly we analysed the dictionary entries of simple chromatic terms (definition, examples,subentries) formed by free or more or less fixed combinations, thus allowing, the analysis of their semantic evolution: from generic terms to secondary, figurative or symbolic meanings. Secondly, we analysed the formation and arrangement of complex colours in dictionaries and gathered quantitative data concerning the free and contextual colour terms. We also analysed the productive potential of the language to create derivative forms, thus contributing to the understanding of the treatment of chromatic terms in Portuguese lexicographical works and therefore enabling the improvement of paper or online, monolingual or bilingual dictionaries in the future.
Le lexique, dans le cadre du patrimoine culturel d'un peuple, peut être classé en différents sous-ensembles, parmi lesquels on peut mettre en évidence les couleurs. Analyser le lexique chromatique portugais est décrire, au-delà d'un système qui fonctionne sur une base limitée de termes libres de couleurs (e.g. vermelho), une multitude de termes indirects (e.g. vermelho-cereja ; vermelho-escuro, etc.), c’est-à-dire de sens secondaires acquis par des analogies, des métaphores, des métonymies, etc. Ce que nous proposons dans ce travail, à travers l'analyse de dictionnaires (de Cardoso à Houaiss), est d'étudier la couleur du point de vue linguistique, en analysant certains aspects cognitifs, sémantiques et lexicographiques des termes chromatiques. En situant la zone d'étude entre la lexicographie, la lexicologie et la sémantique cognitive, nous essayons de démontrer leur importance dans la création de ces termes, en faisant référence à des aspects universels relatifs à l'expérience humaine, mais aussi à des contraintes culturelles, où les langues établissent des classifications différentes dans les champs de couleur, comme dans le cas du Portugais qui présente une division interne à l’intérieur de *vermelho* entre couleur libre (non déterminée dans son utilisation par une connexion à un objet : vermelho/encarnado) et couleur contextuelle (termes chromatiques qui acquièrent de nouvelles valeurs lorsqu'ils sont associés à un concept : ruivo; corado). En partant du champ chromatique de *vermelho*, qui a servi d'exemple d'analyse pour d'autres couleurs, il a été analysé les entrées des termes chromatiques simples dans les dictionnaires, leurs définitions, des exemples et des sous-entrées formées par des combinaisons libres ou plus ou moins fixes, ce qui nous a permi d’étudier l'évolution sémantique de ces termes, leurs significations secondaires, figuratives ou symboliques. Nous avons analysé aussi la formation et l'organisation des couleurs complexes dans les dictionnaires et également obtenu des données quantitatives sur les couleurs libres et les couleurs contextuelles. Nous avons étudié la capacité productive de la langue dans la création de dérivés. Ces éléments d’analyse contribuent à la compréhension du traitement des termes chromatiques dans les dictionnaires portugais, permettant, ainsi, d’y apporter des améliorations, qu’il s’agisse de dictionnaires sur papier ou en ligne, monolingues ou bilingues.
TipoDissertação de mestrado
DescriçãoDissertação de mestrado Europeu em Lexicografia
URIhttps://hdl.handle.net/1822/59542
AcessoAcesso restrito UMinho
Aparece nas coleções:BUM - Dissertações de Mestrado

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
tese nova versao cd.pdf
Acesso restrito!
3,03 MBAdobe PDFVer/Abrir

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID