Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/45536

TítuloO espaço doméstico para além da sala de estar. Lições para a contemporaneidade da intervenção de Vítor Figueiredo em Olivais Sul (1960)
Autor(es)Maldonado, Vanda
Fernandes, Eduardo Jorge Cabral dos Santos
Palavras-chaveHabitação
Habitar
Adaptabilidade
Vítor Figueiredo
Olivais Sul
DataMar-2017
Resumo(s)Atualmente, as soluções habitacionais correntes tendem a basear-se, sobretudo, no modelo bipartido herdado do Movimento Moderno (zona diurna, zona noturna) cujo de-senho parte de uma estrutura hierarquizada, com uma organização bastante rígida, que elege a sala comum como protagonista, e que determina, à priori, usos específicos pa-ra cada compartimento e para cada espaço. Acreditando que o mais profundo sentido da arquitetura reside na sua capacidade de responder às necessidades e aos desejos do ser humano, proporcionando conforto e estabilidade nas suas relações com os espaços que o rodeiam (habitação, vizinhança e cidade), questionamos até que ponto a rigidez daquele modelo se ajusta à sociedade contemporânea, numa perspetiva de presente e de futuro; até que ponto se mostra ca-paz de responder à diversidade atual de estruturas familiares e de necessidades decor-rentes da evolução das famílias e dos seus modos de vida nomeadamente, o aumento ou a diminuição do número de membros do agregado familiar, as exigências dos dife-rentes níveis etários dos seus membros e as alterações associadas ao acolhimento de ascendentes ou descendentes. É no âmbito desta problemática contemporânea da adequação dos espaços do habitar aos modos de habitar, que encontramos na atividade que o arquiteto Vítor Figueiredo desenvolveu (em autoria ou em coautoria) nas décadas de 60 e 70 no âmbito da habi-tação social em Portugal, um importante contributo. Com base no exemplo da intervenção que este autor desenvolveu no conjunto habita-cional de Olivais Sul (Lisboa), em parceria com o arquiteto Vasco Lobo, pretendemos mostrar a pertinência do seu trabalho enquanto proposta alternativa que resgata criati-vamente o passado e a tradição, não numa perspetiva nostálgica, mas com um sentido operativo, de presente e de futuro. Acreditamos que as tipologias propostas por Vítor Figueiredo naquele que foi o seu pri-meiro projeto de habitação social, perseguem o princípio de liberdade - tanto do seu do criador, como do utilizador - que se reflete no conceito de casa adaptável, com capaci-dade para ser apropriável por diversos tipos de estruturas familiares, bem como res-ponder a novas necessidades que surjam no seio do agregado familiar. Acreditamos que a planta compartimentada sem uma hierarquia marcante, constituída por divisões e espaços com dimensões idênticas (salas, quartos e espaços de circula-ção), bem como o desenho de espaços para os quais não se atribui um uso específico, são elementos chave para os desafios do espaço doméstico atual, um espaço que Vítor Figueiredo, já no final da década de 90, critica da seguinte forma: “O sistema determina que a sala é a sala - com trinta metros quadrados e uma lareira- que o quarto é o quarto de casal - com uma casa de banho apensa, tipo suite de hotel; e as pessoas vão para lá morar e vão ficando domesticadas e inertes. Acabaram-se os grandes vestíbulos e outros espaços valiosos” [2].
TipoArtigo em ata de conferência
URIhttps://hdl.handle.net/1822/45536
Arbitragem científicayes
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:EAAD - Comunicações

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