Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/44964

TítuloJogos e brincadeiras de hoje nos recreios do 1º ciclo do ensino básico: intervenção pedagógica na conquista do vocabulário de jogo
Outro(s) título(s)Play and Games of Today’s Primary Schools Playgrounds: Pedagogic Intervention in Quest of Play ‘Vocabulary’
Le jeu d’aujourd’hui dans les cours de récréation des écoles élémentaires : intervention pédagogique à la conquête du «vocabulaire» de jeu
Autor(es)Pereira, Vânia Sofia de Sousa
Orientador(es)Pereira, Beatriz Oliveira
Condessa, Maria Isabel Dias de Carvalho Neves Cabrita
Palavras-chaveCrianças
Escola
Recreio
Jogo
Interações
Intervenção
Children
School
Playground
Play/ games
Interactions
Intervention
Enfants
École
Récréation
Jeu
Interaction
Intervention
Data2-Nov-2016
Resumo(s)O jogo na infância é preponderante para o desenvolvimento motor, cognitivo, social, emocional e moral da criança. As crianças têm a sua própria identidade, que passa por uma necessidade fundamental, que é o acesso ao jogo. O interesse crescente da comunidade científica pela temática do jogo na infância junta-se às preocupações mundiais sobre o decréscimo das oportunidades de jogo, que são dadas às crianças, atualmente. Na presente investigação, propusemo-nos estudar os aspetos relacionados com o jogo da criança no recreio, tais como: os espaços, os materiais, o tempo, o valor atribuído pelas crianças ao recreio escolar e os jogos que aí desenvolvem. Foi realizado um estudo quase-experimental com um grupo de intervenção e outro de controlo, para avaliar a eficácia de um programa de intervenção. Esta intervenção foi realizada com o intuito de aumentar a diversidade de jogos praticados no recreio, assim como o aumento e diversificação das interações sociais que ocorrem nesse espaço. Fizeram parte da amostra 317 alunos de 2 escolas do 1º ciclo do ensino básico da cidade de Braga, dos quais 167 rapazes e 150 raparigas, com idades entre os 6 e os 10 anos, sendo a média de idades de 7,45±1.14. O grupo de intervenção foi constituído por 161 crianças e o grupo de controlo por 156 crianças. A seleção das escolas foi intencional, uma vez que estas deveriam apresentar caraterísticas idênticas, para ser avaliada a intervenção a realizar numa delas. O programa de intervenção decorreu durante um ano letivo. As crianças participaram de forma livre e espontânea na intervenção. Tanto no grupo de intervenção como no grupo de controlo foi aplicado um questionário sobre práticas e interações nos recreios. Foram também realizadas filmagens nos recreios, nas fases pré e pós-intervenção. Durante todo o desenvolvimento do estudo, foram ainda retiradas algumas notas de campo. Apenas no grupo de intervenção foi aplicado o programa de intervenção e realizada a sua avaliação. O follow-up foi realizado três meses após a intervenção, no sentido de perceber a sustentabilidade da mesma, tendo sido novamente aplicado o questionário e realizadas filmagens no recreio (fase pós 2). Os resultados, que são apresentados nos quatro estudos desenvolvidos ao longo da investigação, indicam-nos que tanto rapazes como raparigas se envolvem em jogos bastante ativos no recreio, assim como em jogos típicos de género. Os jogos mais realizados pelas crianças no recreio são a “corrida” e os “jogos de perseguição”, não correspondendo aos jogos preferidos pelas crianças, que são “saltar à corda” e “jogar futebol”. Na sua grande maioria, as crianças gostam do recreio escolar, tendo-o justificado, principalmente, através de duas categorias, espaço e tempo para brincar e conviver e brincar com os amigos. Quanto ao tempo de recreio, a maioria das crianças gostava que esse tempo fosse superior ao existente, nas suas escolas. Relativamente à utilização dos espaços e materiais no recreio, verificamos que estão associados à faixa etária e ao género. As crianças dos 1º e 2º anos de escolaridade são as que mais utilizam os espaços naturais e também as que mais brincam com “terra”, “pedras” e “água”. Os alunos dos 3º e 4º anos são os que mais utilizam o campo de jogos. A “bola” é o material mais utilizado pelos rapazes e a “corda” o mais utilizado pelas raparigas. No que diz respeito às interações no recreio escolar, concluímos que as interações criança-adulto ocorrem, principalmente, ao nível da segurança e vigilância e moderação de conflitos, por parte do adulto. Ao nível do jogo no recreio, são raras as interações dos adultos com as crianças, acontecendo, essencialmente, com os funcionários da escola e através dos jogos tradicionais. Quanto às interações entre pares, as crianças preferem fazer os seus jogos com outras crianças do mesmo sexo e da mesma turma. As interações com o sexo oposto são pontuais, sendo mais frequentes nos alunos mais velhos (4º ano). A partir do programa de intervenção, concluímos que a introdução de jogos diversificados no recreio contribuiu para a promoção de comportamentos ativos neste local. O programa de intervenção revelou-se positivo a dois níveis: na redução da constatada diminuição da diversidade de jogos realizados nos recreios ao longo do ano letivo e, ao nível das interações entre pares, permitindo o seu aumento e diversificação.
Play has a preponderant role to promote motor, cognitive, social, emotional and moral development in childhood. Children have their own identity that goes through a crucial need which is the access to play. The growing interest of the scientific community concerning the theme of play in childhood joins the global concerns about the decrease in play opportunities that are currently given to children. In this research, we decided to study different aspects related to the child play on the playground, such as spaces, materials, time, the significance of the recess to the child the games they are involved while in recess and on the school playground. A quasi-experimental study with an intervention and control group was conducted to evaluate the effectiveness of an intervention program. This intervention was carried out in order to increase the diversity of play and games during school recess as well as to increase and diversify the social interactions that take place in this space. 317 students from two primary schools in the city of Braga of which 167 boys and 150 girls, aged between 6 and 10, an average of 7.45 +/- 1.14 took part of this sample. The intervention group consisted of 161 children and the control group of 156 children. The selection of schools was intentional, since these should present identical characteristics in order to evaluate the intervention accomplished in one of them. The intervention program was held during a school year. The children participated freely and spontaneously during the intervention. A survey was applied to both groups. A video-record also took place in playgrounds both during pre and postintervention. Throughout the development of the study some field notes were also written down. The intervention program was only applied and evaluated on the intervention group, where a follow-up three months after the intervention was realized. A survey and recording at the playground were once again the methods applied in order to realize its sustainability. (phase post 2) The results regarding the four studies conducted during the research show us that both boys and girls become involved in very active games on the playground as well as in typical gender play and games. Children's most practiced games on the playground are running and chasing games, which don't correspond to their preferred ones, that are “rope skipping” and “playing football”. Most of children like and enjoy the playground. They justify that mainly through two categories: space and time to play, as well as to socialize with friends. In what concerns the time of recess, most children would prefer to have more time than they actually have in their schools. Regarding their use of spaces and materials on the playground, we realized they are according to their age and gender. Children from 1st and 2nd grades use more the natural spaces and also play with the soil, stones and water; children from 3rd and 4th grades are the ones that most often use the game field. Regarding the materials used, the preference to the boys is at the “ball”, as girls on the other hand prefer the “rope”. In what concerns the interactions on the playground, we concluded that childadult interactions occur mainly regarding to safety and surveillance as well as moderating conflicts by the adult. In what concerns the games on the playground, the interactions of adults with children are not frequent. When they occur, these interactions usually happen with the school employees and through traditional games. Regarding to peers interactions, children prefer playing with other children of the same class and gender. Interactions between different gender are not frequent. This kind of interaction is more frequent between older students (4th grade). Through the intervention program we realized that an introduction of diversified games on the playground contributed to the promotion of active behaviors on the playground. The intervention program revealed positive aspects particularly at two levels: reduction of an identified decreasing diversity of play and games played in the playground during the school year, as well as an increase and diversification of the interactions between peers.
Le jeu est primordial, pour le développement moteur, cognitif, social, émotionnel et moral de l’enfant. Les enfants ont leur propre identité qui passe par un besoin, essentiel, qui est l’accès au jeu. L’intérêt croissant de la communauté scientifique, dans le domaine, s’ajoute à l’inquiétude mondiale quant à l’inaccessibilité de plus en plus importante actuellement des jeux aux enfants. Dans la présente enquête, on s’est proposés d’étudier les aspects liés aux jeux des enfants dans les récréations tels que : les espaces, les matériels, le temps, la valeur accordée par les enfants, la cour de récréation et les jeux qui s’y développent. Une étude quasi-expérimentale a été réalisée avec un groupe d’intervention et un groupe de contrôle pour que ce dernier évalue l’efficacité d’un programme. Cette intervention a été réalisée avec l’objectif d’augmenter la variété des jeux pratiqués lors des récréations ainsi que la diversité des interactions sociales qui en découlent. L’échantillon est composé de 317 élèves de 2 écoles élémentaires de la ville de Braga, parmi lesquels 167 garçons et 150 filles, âgés entre 6 et 10 ans, soit une moyenne d’âge de 7.45 +/- 1.14. Le groupe d’intervention était constitué de 161 enfants et le groupe de contrôle de 156. Le choix des écoles a été intentionnel. En effet celles-ci devaient présenter des caractéristiques identiques pour qu’on évalue l’intervention à réaliser dans l’une d’entre elles. Le programme d’intervention s’est déroulé durant une année scolaire. Les enfants y ont participé de manière libre et spontanée. Des questionnaires portant sur les pratiques et l´ interaction dans les récréations ont été intégrés, aussi bien dans le groupe d’intervention que dans le groupe de contrôle. On a aussi réalisé des vidéos lors des récréations, dans les phases antérieures et postérieures à l´intervention. Pendant toute la durée de l’étude, on a pris des notes. Le programme d’intervention a été appliqué uniquement dans le groupe d’intervention, et on a réalisé l’évaluation et le suivi trois mois après l’intervention. Ceci dans le but de comprendre la teneur de celui-ci. Ainsi, on a de nouveau soumis le questionnaire et fait des vidéos dans les récréations (phase post 2). Les résultats qui sont présentés dans les quatre études réalisées au long de notre enquête révèlent qu’aussi bien les garçons que les filles s’impliquent dans les jeux très actifs dans les récréations, ainsi que dans les jeux typiques du genre. Les jeux les plus pratiqués par les enfants, la « course » et les « jeux de poursuite» ne correspondant pas à leurs préférés qui sont « la corde à sauter » et « jouer au football». En grande majorité, les enfants aiment la récréation, le justifiant principalement en deux catégories : espace et temps pour jouer et être et jouer avec les amis. En ce qui concerne le temps de la récréation, la majorité des enfants aimerait que ce temps soit supérieur à celui qui est accordé dans leur école. En matière de l’utilisation de l’espace et matériels disponibles dans les récréations on a pu constater qu’ils sont associés à l’âge et au genre. Les enfants de CP et CE1 (6 et 7 ans) sont ceux qui utilisent le plus les espaces naturels mais aussi ceux qui jouent le plus avec la « terre », les « cailloux » et « l’eau ». Les enfants des CE2 et CM1 préfèrent quant à eux les aires de jeux sportif. Le « ballon » est l’accessoire le plus utilisé par les garçons « la corde à sauter » celui le plus utilisé par les filles. En ce qui concerne les interactions lors des récréations, on a conclu que les interactions enfant/adulte se produisent essentiellement lorsqu’il s’agit de questions de sécurité, vigilance et médiation des conflits, de la part de l’adulte. En matière de jeux, les interactions adultes/enfants sont rares. Quand ces interactions se produisent, ce sont essentiellement avec les employés de l’école et par le biais de jeux traditionnels. En ce qui concerne l’interaction entre les enfants, eux préfèrent jouer avec d’autres enfants du même sexe ou de la même classe. Les interactions avec le sexe opposé sont ponctuelles et plus fréquentes chez les plus âgés (élèves de CM1). A partir du programme d’intervention, on a conclu, que l’introduction de jeux variés dans les récréations a contribué à la promotion de comportements actifs. Celui-ci s’est révélé positif à deux niveaux. D’une part la réduction de la diminution constatée de la variété de jeux réalisés dans les cours de récréation durant l’année scolaire et d’autre part l’interaction entre les enfants permettant ainsi leur augmentation et diversification.
TipoTese de doutoramento
DescriçãoTese de Doutoramento em Estudos da Criança - Especialidade em Educação Física, Lazer e Recreação
URIhttps://hdl.handle.net/1822/44964
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Teses de Doutoramento
CIEC - Teses de Doutoramento

Ficheiros deste registo:
Ficheiro Descrição TamanhoFormato 
Vania Sofia de Sousa Pereira.pdf8,02 MBAdobe PDFVer/Abrir

Partilhe no FacebookPartilhe no TwitterPartilhe no DeliciousPartilhe no LinkedInPartilhe no DiggAdicionar ao Google BookmarksPartilhe no MySpacePartilhe no Orkut
Exporte no formato BibTex mendeley Exporte no formato Endnote Adicione ao seu ORCID