Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/40405

TítuloDevelopment of a model for occupational risk acceptance criteria definition in industrial settings
Autor(es)Rodrigues, Matilde Alexandra
Orientador(es)Arezes, P.
Leão, Celina Pinto
Data12-Fev-2014
Resumo(s)Companies need to constantly make decisions about risk. They need to decide if a certain risk level is low enough or if some measures for its reduction are still needed. In this regard, risk assessment appears as a basis for the decision-making about risks. However, risk acceptance is an important issue related to the risk assessment process, which may put into question its appropriateness. Despite the importance of risk acceptance, this subject is insufficiently discussed in the literature regarding occupational settings. Considering this, the present study aims to analyze the problem of risk acceptance in occupational settings, as well as to develop a model for the acceptance criteria definition. To this end, four studies were developed, each representing the different phases of this research work. In the first study, the way that Occupational Safety & Health (OSH) professionals support their risk decisions, the main difficulties related to this process and the best approach to use were analyzed. For this analysis, the questionnaire Risk Decision Analysis was developed and applied to OSH professionals. This study showed that the type of risk assessment and the measures of risk used are different among OSH professionals. In addition, despite acceptance criteria have been considered important, its definition is considered to be a difficult step. The principle “As Low as Reasonably Practicable” (ALARP) was identified as the best approach to support risk decisions. In the second study, a questionnaire called Safety Climate in Wood Industries (SCWI) was developed and validated. The SCWI was intended to analyze the safety climate of the furniture companies, using a multilevel structure. A multilevel exploratory factor analysis was performed to analyze the factorial structure. The SCWI proved to be suitable, allowing the identification of different safety climates among workgroups. Furthermore, the identified level of safety climate was correlated with safety conditions. In the third study, the level of risk acceptance by stakeholders in the furniture industries and the key variables that can have an influence on this level were analyzed. To this end, a questionnaire was developed and applied to the companies’ stakeholders, i.e., workers, employers and supervisors. The stakeholders assessed high-risk levels and death scenarios as being “unacceptable”. Scenarios with high accidents frequency were also assessed as being “unacceptable”. In addition, risk perception, emotions and trust were identified as having influence on the risk acceptance levels in the majority of the scenarios. Benefit perception was only identified as having influence on the risk acceptance levels for few scenarios, i.e., for scenarios related to musculoskeletal disorders with low-risk level. It was also found a statistical significant correlation between safety climate and risk acceptance, risk perception and trust. In the fourth and last study, a model was developed to define the risk acceptance criteria in occupational settings and its applicability was analyzed and exemplified for a specific case within the Portuguese industrial furniture sector. Following the model application, the acceptance criteria to be used in assessing the occupational risks in the industrial furniture sector were developed and presented as acceptable and tolerable thresholds. To demonstrate the integration of the defined acceptance criteria in a risk metric, an example of a risk matrix was presented. In general, this work gives substantial contributions towards the understanding of risk acceptance in occupational settings, particularly for the acceptance criteria formulation, showing not only some constraints of this process but also explaining how the acceptance criteria can be generated/formulated.
As empresas precisam constantemente de tomar decisões sobre o risco. Estas devem decidir se um certo nível de risco é suficientemente baixo ou se ainda são necessárias medidas para a sua redução. A avaliação do risco surge neste contexto como a base para a tomada de decisão. No entanto, a aceitação do risco é uma questão importante que está associada ao processo de avaliação de risco, a qual pode colocar em causa a sua eficácia. Apesar da importância da aceitação de risco, esta é uma questão pouco discutida na literatura para ambientes ocupacionais. Face à escassez de estudos neste âmbito, este trabalho tem como objetivos examinar a problemática da aceitação do risco e criar um modelo para a definição de critérios de aceitação em ambientes ocupacionais. Para isso, foram elaborados quatro estudos, representando cada um deles as diferentes fases deste trabalho de investigação. No primeiro estudo foi analisado de que modo os técnicos de Segurança no Trabalho (ST) suportam as suas decisões sobre os riscos, quais as maiores dificuldades inerentes a este processo e qual a melhor abordagem a utilizar. Para esta análise foi elaborado e aplicado o questionário Risk Decision Analysis. Este estudo demonstrou que o tipo de avaliação de risco e as métricas usadas são diferentes entre os técnicos de ST. Além disso, apesar dos critérios de aceitação do risco terem sido considerados importantes, a sua definição foi considerada uma tarefa difícil. O principio As Low as Reasonably Practicable (ALARP) foi apontado como sendo a abordagem mais adequada a aplicar no processo de tomada de decisão sobre o risco. No segundo estudo foi elaborado e validado um questionário denominado Safety Climate in Wood Industries (SCWI). O SCWI pretendia analisar o clima de segurança nas indústrias de mobiliário, usando uma estrutura multinível. Foi desenvolvida uma análise fatorial exploratória multinível para analisar a estrutura fatorial. O SCWI revelou-se adequado, permitindo identificar diferentes níveis de clima de segurança entre grupos de trabalho. Além disso, verificou-se que o nível de clima de segurança identificado está estatisticamente correlacionado com as condições de segurança. No terceiro estudo foram analisados o nível de aceitação de risco pelos stakeholders na indústria de mobiliário e as principais variáveis que têm influência sobre esse nível. Para este fim, um questionário foi desenvolvido e aplicado aos stakeholders das empresas, ou seja, aos trabalhadores, empregadores e encarregados. Os stakeholders avaliaram os cenários de risco elevado e cenários envolvendo mortes como sendo “inaceitáveis”. Cenários com elevada frequência de acidentes foram também avaliados como sendo “inaceitáveis”. Além disso, a perceção do risco, as emoções e a confiança foram identificadas como tendo influência sobre a aceitação do risco na maioria dos cenários considerados. A perceção do benefício foi apenas identificada como tendo influência sobre os níveis de aceitação para alguns cenários, isto é, para cenários relacionados com a ocorrência de lesões músculo-esqueléticas com baixo nível de risco. Verificou-se ainda uma correlação estatisticamente significativa entre o clima de segurança e a aceitação do risco, percepção do risco e confiança. No quarto e último estudo, foi elaborado um modelo para a definição de critérios de aceitação do risco em ambientes ocupacionais e analisada e exemplificada a sua aplicação ao caso específico do sector industrial do mobiliário em Portugal. Através da aplicação do modelo foram definidos os critérios de aceitação a serem usados na avaliação de riscos ocupacionais no sector do mobiliário, sob a forma de limites de risco aceitável e tolerável. Para demonstrar a integração dos critérios definidos numa métrica de risco foi apresentado um exemplo de uma matriz de risco. De uma forma geral, este trabalho trouxe contributos substanciais para a compreensão do processo de aceitação do risco em ambientes ocupacionais, em particular no que respeita à formulação de critérios de aceitação, evidenciando alguns constrangimentos ligados a este processo e, através de um estudo de caso, explicando como os critérios de aceitação do risco podem ser formulados.
TipoTese de doutoramento
DescriçãoTese de doutoramento em Industrial and Systems Engineering
URIhttps://hdl.handle.net/1822/40405
AcessoAcesso restrito UMinho
Aparece nas coleções:BUM - Teses de Doutoramento
DPS - Teses de Doutoramento

Ficheiros deste registo:
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Tese de doutoramento2,92 MBAdobe PDFVer/Abrir

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