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https://hdl.handle.net/1822/35913
Título: | Chegou a hora do recreio! O recreio: espaço de construção de culturas da infância |
Autor(es): | Azevedo, Olga Maria Queirós de |
Orientador(es): | Fernandes, Natália |
Palavras-chave: | Recreio Culturas da infância Brincadeiras Jogos Playground Childhood cultures Playtime Games |
Data: | 2014 |
Resumo(s): | Esta proposta de investigação tem como enfoque principal compreender como
é que as crianças constroem as culturas identitárias da sua geração no espaço
e tempo de recreio. Para tal foram tidas em conta as ações e interações que
edificam com os seus pares, as brincadeiras que reinventam e promovem e o
modo como se organizam.
Para chegarmos a essa compreensão optamos por uma investigação de cariz
etnográfica interpretativo e participativo.
A recolha de dados foi realizada através da observação participante no tempo e
espaço de recreio de um jardim-de-infância público. Os grupos de crianças são
heterogéneos e com idades entre os 3 e os 6 anos de idade. Através das suas
vozes e das suas ações foi mais fácil compreender as suas interpretações,
intenções e culturas.
Ainda, para dar voz às crianças, foi constituído um grupo focal. Deste grupo
fizeram parte as 16 crianças de 5/6 anos de idade de ambas as salas. Nestes
debates alargados as crianças partilharam e explanaram brincadeiras, jogos e
descobertas realizadas, assim como conflitos que surgiram neste tempo e
espaço de recreio, cenário desta investigação.
Fizeram parte da investigação registos realizados em conselho de grupo
semanal, onde as crianças expressaram o que mais gostavam e o que menos
gostavam do recreio.
Pudemos observar que as crianças inventam e reinventam brincadeiras, de
acordo com as suas vivências e experiências sociais. Que ao espaço e
materiais, nessas brincadeiras, podem ser atribuídos diferentes significados,
conforme a necessidade para dar continuidade às mesmas ou para que se
possam realizar. Compreendemos que as crianças constroem e seguem regras
para brincar, mesmo quando aos olhos do adulto o caos parece instalado.
Nesta investigação fica também a reflexão sobre a importância deste espaço
na vida das crianças. Uma vida enclausurada em casa e na escola onde
escasseiam momentos e companheiros de brincadeiras. Deste modo o recreio
deve surgir como o espaço das e para as crianças, onde o adulto deve ser o menos invasivo possível de modo a facilitar a construção das culturas da
infância. This research proposal has its main focus on understanding how children build their generational cultural identities in the playground. For this, actions and interactions among their peers were taken into account and also the way they organize themselves in the games they reinvent and promote. In order to do this, we develop an ethnographic research with an interpretative and participatory focus. All the data was collected during their recess breaks at a public preschool. The group had boys and girls ranging from 3 to 6 years of age. The research data was done by direct observation involving all the 38 children. Through their actions and voices it was easier to understand their interpretations, intentions and cultures. In order to consider children´s voices and opinions, we developed a focus group that was organized with 16 children from 5 and 6 years old, from both classrooms. These debates involved children´s discussions about things that occurred at the playground, by sharing and explaining games and the outcomes, as well as the conflicts which occurred during this time and space. We also used data from the weekly group meeting, which allowed us to acknowledge what children liked most and least in the playground. We can conclude that children invent and reinvent games according to their backgrounds and social experiences. They give different meanings to the space and materials in these games, considering the way how they were developed. We can also conclude that children build and follow rules to play, even when it seems like chaos in an adult point of view. In this research, we also want to highlight the importance of this space in children’s lives. An institutionalized life, confined at home, on one hands, and on the other hand, at school, don’t allow children to play with their peers. As such, the recess emerges as a space for and owned by children, where the adult has to play the role of less invasive in order to allow that children can be more active in the development of their cultures and also in the development of their identities. |
Tipo: | Dissertação de mestrado |
Descrição: | Dissertação de mestrado em Estudos da Criança (área de especialização em Associativismo e Animação Sócio-Cultural) |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/35913 |
Acesso: | Acesso aberto |
Aparece nas coleções: | BUM - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
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