Utilize este identificador para referenciar este registo:
https://hdl.handle.net/1822/30629
Título: | Being accountable for the sake of truth: the case of Águas de Portugal |
Autor(es): | Costa, Luís Manuel Sousa Grajera Fernandes |
Orientador(es): | Oliveira, Lídia Menezes, Carlos |
Palavras-chave: | Account Accountability Subjectivity Truth Belief Conta Subjetividade Verdade Crença |
Data: | 2014 |
Resumo(s): | Giving an account of ourselves to others is an essential part of our social nature. But contrary to what it may seem, when we tell something about ourselves, we are not just communicating with others, we enter a complex process of self-formation where what is
told will eventually constitute who we are seen to be by society. Visibility depends on
others believing that what we are telling them is true. However, what society considers to
be truth limits what we can tell about ourselves, forcing us into leaving something unsaid.
Being unable to fully account for ourselves is thus equivalent to failing to be entirely
visible to others. The act of giving an account is thereby revealed as a game of exertion of
forces played between the subject being held accountable and the other who demands an
account so that agreement is reached about who we are truly seen to be. Therefore, giving
an account of ourselves allows for the link between truth and subjectivity to be recognised.
Considering accounting as a practice founded on the act of giving an account, the first
purpose guiding this thesis consists in understanding the importance accounting has in
establishing the above mentioned link. Yet, how we account for ourselves bears on the way
we feel and are held accountable, which is tantamount to affirming that accountability
reflects our subjectivity. Through this reflex, the meaning of the former becomes
dependent on the way truth relates to subjects. The second objective of this essay is to
study how accountability’s meaning derives from the link between us as subjects and truth.
Within extant literature, case studies have regularly been employed in the research
concerning accountability. Following such trend, and supported by Foucault’s studies
about the technologies of the self, this essay investigates the role Portugal’s leading actor
in the water sector, Águas de Portugal (AdP), has been playing so far in the process of
reshuffling the sector from 2007 to 2012. Because AdP was the main focus of that
reorganisation, the company was subject to a whole game of forces exerted on its identity
by means of its own accounts.
The conclusions reached here reveal accounting as a truth-extracting and truth-assimilating
process subjects undertake in order to achieve meaningfulness. To account is to tell the
truth. On the other hand, the interdependence between truth and the subject emerges when
the latter gives an account. And because accountability is reflective of our subjectivity, its
meaning will necessarily depend on the meaning given to truth. Sermos capazes de prestar contas sobre nós próprios é essencial à nossa natureza social. Mas ao contrário do que nos possa parecer, quando dizemos algo de nós não nos limitamos somente a comunicar com os outros. Entramos sim num processo de autoformação, em que o que é dito acaba por constituir o modo como somos vistos pela sociedade. Tal visibilidade depende da crença dos outros em que o que nós dizemos é verdadeiro. Porém, o que a sociedade considera como verdade é limitativo do que podemos afirmar sobre nós próprios, pelo que algo fica forçosamente por dizer. Ao não sermos capazes de prestar contas integrais sobre nós, não nos é possível ser completamente visíveis ao olhar dos outros. O ato de prestar contas é revelado como um jogo de forças reciprocamente empregues entre quem é accountable e quem exige contas e cujo objetivo consiste num entendimento acerca de quem somos verdadeiramente. Então, o ato de prestar contas sobre nós permite o reconhecimento da existência da ligação entre a verdade e a subjetividade. Considerando a contabilidade como uma prática baseada no ato de prestar contas, o primeiro objetivo deste estudo consiste em compreender a importância da contabilidade no estabelecimento da ligação acima mencionada. Todavia, a maneira como prestamos contas sobre nós está relacionada com o modo como nos consideramos accountable, o que equivale a afirmar que a accountability reflete a nossa subjetividade. Através deste reflexo, o seu significado torna-se dependente do modo como a verdade se relaciona com os sujeitos. O segundo objetivo desta investigação prende-se então com a determinação do significado de accountability através da ligação entre a verdade e nós, como sujeitos. Os estudos de caso têm sido regularmente utilizados na pesquisa referente à accountability. Seguindo esta corrente, e com recurso aos estudos de Foucault sobre as tecnologias do ser, nesta dissertação investiga-se o papel que o interveniente principal no setor das águas em Portugal, a Águas de Portugal (AdP), tem desempenhado no processo de reestruturação do setor entre 2007 e 2012. Uma vez que a AdP foi o foco desta reorganização, a empresa foi sujeita a todo um jogo de forças exercido sobre a sua identidade através das suas contas. As conclusões deste estudo revelam a contabilidade como um processo em que a verdade é simultaneamente extraída e assimilada pelos sujeitos de modo a poderem adquirir significância. Prestar contas é dizer a verdade. Por outro lado, a interdependência entre a verdade e o sujeito emerge quando este presta contas. E como a accountability reflete a nossa subjetividade, o seu significado necessariamente depende do da verdade. |
Tipo: | Dissertação de mestrado |
Descrição: | Dissertação de mestrado em Contabilidade |
URI: | https://hdl.handle.net/1822/30629 |
Acesso: | Acesso aberto |
Aparece nas coleções: | BUM - Dissertações de Mestrado |
Ficheiros deste registo:
Ficheiro | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
Luís Manuel Sousa Grajera Fernandes Costa.pdf | 2,65 MB | Adobe PDF | Ver/Abrir |