Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/1822/18632

Título"Stalking" : prevalência junto de profissionais de saúde mental
Autor(es)Costa, Susana Manuela Fernandes
Orientador(es)Matos, Marlene
Palavras-chaveStalking
Assédio persistente
Vitimação
Profissionais de saúde mental
Persistent harassment
Victimization
Mental health professionals
Data2011
Resumo(s)O stalking é uma modalidade de vitimação relativa à experiência de alguém que é alvo, por parte de outra pessoa, de comportamentos de perseguição, intimidação, ameaça e/ou contactos e comunicações indesejadas, de forma continuada e persistente. O presente estudo tem como objetivos averiguar a prevalência da vitimação por stalking no contexto de uma relação profissional de apoio, especificamente, em profissionais com formação em Psicologia Clínica e Psicologia Forense/Justiça. Concomitantemente pretende recolher informação quanto à caracterização das dinâmicas da referida experiência de vitimação, ao nível dos comportamentos sofridos, duração e frequência dos mesmos e contexto profissional de ocorrência, bem como captar o perfil dos intervenientes e estratégias de coping usadas pelas vítimas. Por fim, procura identificar fatores sociodemográficos e profissionais associados à experiência de vitimação por stalking nesse contexto. Para tal, foi utilizado o IVS – Versão para profissionais de saúde mental (S. Costa & M. Matos, 2011) numa amostra de 129 participantes. Os resultados apontam que 9.3% dos profissionais já experienciaram comportamentos de stalking em algum momento da sua prática profissional, perpetrado por alguém que o profissional acompanhou/atendeu/avaliou (72.8%) ou por algum conhecido/familiar deste (27.3%). No entanto, verificou-se que a maioria dos participantes no momento do presente estudo não estava a vivenciar estes comportamentos abusivos. No que concerne ao perfil da vítima, estes eram sobretudo do sexo feminino, com uma idade média de 30 anos, e a maioria com uma média de 8 anos de experiência profissional, exercendo funções num contexto clínico do setor público nos distritos de Braga e Porto. Relativamente ao stalker apurou-se uma maior prevalência de clientes/avaliados do sexo masculino, solteiros ou separados/divorciados. De acordo com os profissionais vitimizados, estes foram movidos pelo desejo da obtenção de uma relação de intimidade com o profissional. Em 50% dos casos foi reportada a existência de psicopatologia nestes sujeitos. Foi também verificado uma perpetuação da conduta entre 1 e 6 meses e em média 2 a 3 comportamentos foram experienciados. Na maioria das situações, o stalking ocorreu durante o processo terapêutico/avaliativo patrocinando malestar essencialmente na saúde psicológica das vítimas, sendo que a maioria revelou sentir-se um pouco assustada com esta campanha de assédio persistente (75%). Em 58.3% dos casos a vítima recorreu a estratégia de negociação e em todos os cenários a rede de apoio informal foi acionada. Tendo em conta a importância das estratégias de prevenção para evitar cenários de stalking, reforçou-se a indicação de medidas a adotar pelos profissionais de saúde mental neste contexto.
Stalking is a kind of victimization relative to someone's experience of being subject to stalking behaviors, intimidation, threats and/or undesired contact/communication by somebody else, in a continued and persistent fashion. This study aims to determine the prevalence of victimization due to stalking in the context of a professional support relationship, involving professionals with training in the areas of Clinical Psychology and Forensic/Justice Psychology. At the same time, it aims to gather information concerning the characterization of the dynamics of such victimization experiences at the level of the behaviors endured, their duration and frequency, and the professional context in which they occur, as well as to capture the profile of they key players and coping strategies employed by victims. Finally, it attempts to identify sociodemographic and occupational factors associated with the experience of victimization due to stalking in such a context. To that end, the IVS - Version for mental health professionals (S. Costa & M. Matos, 2011) was used in a sample of 129 participants. Results show that 9.3% of professionals have already experienced stalking behaviors at some point in their practice, perpetrated by someone he/she followed/evaluated (72,8%) or one of their acquaintances/family members (27,3%). However, most of the subjects were not still going through such abusive behaviors at the present time. Concerning the victim's profile, most were females with an average age of 30 years, an average of 8 years of professional experience, and exerted functions in a clinical context employed in the public sector in the districts of Braga and Porto. Regarding the stalker, most cases proved to be male clients/evaluated subjects, either single or separated/divorced. According to the victimized mental health professionals, the stalkers were motivated by the desire to obtain an intimate relationship with the professional. Stalker psychopathology was confirmed in 50% of the cases. A perpetuation of 1 to 6 months has also been reported, and an average of 2 to 3 occurrences were experienced. In most situations, stalking took place during the therapeutic/evaluative process leading to psychological malaise of the victims, most of them admitting to being a bit scared with this persistent campaign (75%). In 58,3% of cases the victim resorted to negotiation strategies and in every situation the informal support network was put to action. Keeping in mind the importance of prevention strategies to avoid stalking scenarios, the indication of measures to be adopted by mental health professionals in this context was emphasized.
TipoDissertação de mestrado
DescriçãoDissertação de mestrado integrado em Psicologia (área de especialização em Psicologia da Justiça)
URIhttps://hdl.handle.net/1822/18632
AcessoAcesso aberto
Aparece nas coleções:BUM - Dissertações de Mestrado

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